Plínio e suas propostas

O candidato à Presidência Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) participou nesta segunda-feira da sabatina feita pelo jornal O GLOBO. Durante a entrevista, Plínio falou sobre as suas propostas para o governo caso seja eleito.

Ao ver a reportagem, achei relevante comentar sobre ela aqui no blog. Principalmente, por se tratar de propostas que fogem das que estão sendo feitas pelos candidatos que estão nas três primeiras posições das pesquisas de intenção de voto.

Plínio de Arruda falou da bandeira carregada pela sua campanha que é acabar com a desigualdade social, através da redistribuição radical da renda e da terra. Seguindo a linha de prioridade do seu eventual (intensifica-se aí o eventual) governo, Plínio coloca em primeiro lugar a reforma agrária, seguida da redução de jornada de trabalho sem redução do salário, reforma urbana, reforma da educação e reforma da saúde pública. Sobre essa última proposta, o candidato do PSOL à Presidência disse que transformaria todo médico em funcionário público, ou seja, não haveria mais hospitais particulares.

É natural que um partido socialista tenha como proposta todas essas citadas. Mas, sabemos que a probabilidade delas serem realizadas é muitíssimo baixa. Primeiro, porque é difícil um candidato socialista ser eleito à Presidente no Brasil. A economia do nosso país é comandada por grandes empresários e esses jamais deixariam o seu lucro, a sua terra e todos os seus bens em pró da nação. Segundo, se um candidato socialista conseguisse ocupar a mais alta posição de poder do país, será que o mesmo conseguiria implantar todas essas propostas? Posso parecer pessimista, mas acredito que não. É claro, que queríamos que a desigualdade social não existisse, mas sabemos que para que isso aconteça não é tão simples. Pode acabar com a desigualdade social, mas com o fim da mesma, vêm outros milhares de problemas. Temos Cuba e Coreia do Norte como modelos de países socialistas e sabemos como a população vive, não é nenhuma “mil e uma maravilhas”.

Muitas pessoas têm criticado o candidato José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) por terem nos seus discursos propostas semelhantes. Mas será que é tão mal isso? Penso, sinceramente, que não. Podem falar: “é por isso que o Brasil é assim”. É por isso que o Brasil é assim mesmo. Não podemos ver somente o lado ruim do nosso país. É claro, que tem muita coisa para melhorar, mas também muitas coisas já melhoraram. Não somos desenvolvidos, não somos os países mais ricos, mas temos também nosso destaque, temos o nosso lado bom. O Brasil já avançou muito na sua relação com o exterior. Hoje, o nosso país é visto com outros olhos. Quem diria que um dia o presidente dos Estados Unidos falaria que o presidente do Brasil é o político mais popular da Terra?

Tanto Dilma, Serra e Marina (PV) mostram propostas que visam reduzir o uso de drogas no país e programas de saúde que ajudem as pessoas que são viciadas. Propõem Programas de Saúde para a população, que só se diferenciam no nome, mas são muito parecidos no objetivo e os três candidatos defendem também a ampliação do Bolsa Família.

Prefiro propostas semelhantes a propostas utópicas.

Confira a reportagem feita com o candidato Plínio pelo jornal O Globo: http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/video/2010/19662/

As principais propostas dos candidatos no site do R7:
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/veja-as-principais-propostas-dos-presidenciaveis-dilma-marina-e-serra-para-cinco-areas-20100707.html

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