Crianças ganham presentes do Papai Noel

matéria produzida para a  Eletronuclear - Eletrobrás Termonuclear S.A

Evento Natal sem Fome da Eletronuclear traz lazer para população de baixa renda de
Angra dos Reis

Momento de expectativa: Mães e filhos esperam o Papai Noel entregar presentes para as crianças, no Frade

   Para comemorar uma data especial que é o Natal, a Eletronuclear e o Governo Federal realizaram, nos dias 18 e 19 de dezembro, a quinta edição da festa Natal sem Fome, respectivamente, no Frade e Parque Mambucaba, em Angra dos Reis. A festa foi organizada pela área de Responsabilidade Socioambiental da Elteronuclear. Segundo os organizadores, cerca de três mil pessoas participaram dos dois dias de evento.
  As crianças aproveitaram o dia diferente na comunidade e ficaram encantadas com as diversas brincadeiras e atividades, que aconteceram durante todo o dia. É o caso de Gabriel Henrique dos Santos de seis anos, que estava na fila para participar de um brinquedo e já sabia o próximo que iria brincar.
  O evento Natal sem Fome é uma maneira da população do Frade e do Parque Mambucaba ter lazer, já que nos bairros, segundo os moradores, não há opções para diversão.
  – A gente mora numa comunidade em que as crianças não têm muita opção de lazer. Têm dois anos que eu moro aqui e participo. Acho que é uma oportunidade muito boa para as crianças e para a comunidade – disse Vitória dos Santos, moradora do Parque Mambucaba.
  Reginalda Souza, que é voluntária há quatro anos, falou da importância de ter cada vez mais voluntários para que seja possível a realização do evento. Só este ano, foram 40 voluntários que ajudaram nos dois dias de festa.


 – Essa união do povo trabalhando é que faz com que essa festa aconteça e traga alegria para a população – contou Souza.
  O momento mais comemorado foi a hora em que o Papai Noel chegou, as crianças receberam uma pulseira para pegar o presente, o único que muitas delas ganharam no Natal. Vitor Hugo dos Santos de seis anos, morador do Parque Mambucaba, estava ansioso para ganhar o presente e disse que queria um carrinho de controle remoto do Papai Noel.
  Para Francisco Carlos dos Santos, coordenador do programa Fome Zero, o importante é estar presente no cotidiano das crianças e não apenas contribuir financeiramente.
  – Elas (as crianças) precisam de carinho e amor e não é só no Natal e no Dias das Crianças, mas no dia-a-dia – disse.
  As crianças ainda receberam um kit de higiene bucal distribuído pela Fundação Eletronuclear de Assistência Médica (FEAM) e uma mochila com camisa e boné.

A história

  Baseado no projeto do sociólogo Herbert de Souza (Betinho) que, em 1993, criou a campanha Natal sem Fome, que arrecadava alimentos para pessoas em situação de miséria, a Eletronuclear, em 2005, desenvolveu o projeto Natal sem Fome dentro do programa Fome Zero do Governo Federal. Como o Brasil, em 2005, não tinha o mesmo quadro econômico-social dos anos em que a campanha do sociólogo foi criada, o evento Natal sem Fome da Eletronuclear não tem como objetivo arrecadar alimentos, uma vez que as políticas públicas de combate à fome e à miséria já estão implantadas no país, como o programa Bolsa Família.
  O objetivo do evento Natal sem Fome da Eletronuclear é proporcionar um dia de lazer para as famílias de baixa renda dos bairros de Angra dos Reis.
  Além do Natal sem Fome, o projeto Fome Zero realiza, durante todo o ano, outros eventos como o Dia da Cidadania Infantil, que comemora o Dia das Crianças. O Projeto Fome Zero ainda ajuda as ações sociais realizadas pela Igreja Católica, Centro Espírita, igrejas Evangélicas, comunidades indígenas e quilombolas do município.

O esporte como fonte de educação

Projeto Grael transforma histórias de crianças e jovens através da vela
Alunos do Projeto Grael, em Niterói, preparas as velas cuidadosamente para começarem as aulas na Baía de Guanabara
Marcelo Amorim (26), em 1998, fez parte de uma das primeiras turmas do projeto social que mudou a vida dele. Depois de algumas idas e vindas, Marcelo voltou em 2006 e está no projeto até hoje. Só que agora não mais como aluno e sim como instrutor de vela. Assim como Marcelo, mais de oito mil crianças e jovens de escolas públicas de Niterói, entre 9 e 24 anos, já passaram pelo Projeto Grael, que pertence ao Instituto Rumo Náutico.

- O projeto deu 360º na minha vida, me deu oportunidade de fazer vários cursos e ter uma carreira – contou Amorim, que faz faculdade de Educação Física e que através do projeto fez curso de juiz e gerenciamento de regatas.

Há 12 anos, em um contêiner na praia de Charitas, foram criadas as primeiras turmas, através de uma iniciativa dos irmãos velejadores Torben e Lars Grael e o velejador Marcelo Ferreira. Em 2004, o projeto passou a ocupar o espaço do antigo hotel Samanguaiá em Jurujuba, onde, atualmente, é a sede. O irmão mais velho Axel Grael, ex-presidente da Feema, é o atual presidente da instituição.

A animação e a vontade de aprender das crianças e jovens são notórias logo quando se chega ao pátio, onde os alunos lavam cuidadosamente as velas que acabaram de usar para retirar o sal.

Os alunos têm como sala de aula a Baía de Guanabara, onde aprendem a velejar. Assim que entram no projeto, fazem natação, que é essencial para a segurança durante a navegação. Até os 15 anos cursam Optimist, que é uma classe onde são usados barcos menores que recebem nomes de brincadeiras infantis, como estátua e detetive. Depois, cursam a classe Dingue, na qual os barcos recebem nomes de ventos, como tornado e brisa.

Há uma classificação dentro do projeto para os alunos que se destacam na vela que passam a fazer parte do time estrelas do mar, já são cerca de 50 alunos que participam de competições amistosas, oficiais, estaduais e nacionais.

A competição brasileira Desafio Solar também tem a participação dos alunos do Projeto Grael nas etapas classificatórias para uma maior que acontece na Holanda. Na competição são usados barcos movidos a energia solar. A embarcação do Projeto Grael que é usada no Desafio Solar, Peixe Galo, foi construída pelos próprios alunos em 2009.

Mas não é somente a vontade de ser um velejador que atraí meninos e meninas a fazerem parte do projeto. A preocupação com o futuro profissional faz com que muitos jovens possam aproveitar a oportunidade para se especializarem em marcenaria, capotaria, mecânica, eletroeletrônica, refrigeração e fibra de vidro. A assessora de imprensa do projeto, Mariane Thamsten, explicou que os cursos profissionalizantes preparam os alunos para o mercado náutico e também para se tornarem administradores dos barcos.

A vontade de aprender e a preocupação com o futuro atraíram Bruno Nunes (18) para as aulas de cursos profissionalizantes. Bruno entrou no projeto em 2005 e hoje não faz mais aula de vela e nem cursos, mas continua no projeto como voluntário.

- Eu quis me profissionalizar através dos cursos do projeto para que eu mesmo fizesse os reparos nos barcos. E, também, se a vela rasgasse, eu pudesse saber como costurar – contou Bruno, que fez curso de marcenaria, capotaria e fibra de vidro.

É só passar um dia na sede em Jurujuba e conversar com os diversos jovens e crianças que movimentam o instituto para perceber que as histórias dos alunos se repetem. Alguns deles mesmo quando terminam as aulas de vela e os cursos profissionalizantes continuam integrantes do projeto. É o caso de Laís Carvalho (18), que foi aluna entre 2007 e 2009 e hoje permanece no projeto todos os dias, mas agora como secretária.

- Foi aqui que eu aprendi quase tudo que eu sei hoje em dia – disse Lais, que sonha em criar seu próprio negócio, uma loja de capotaria, para colocar em prática tudo que aprendeu durante o curso.

Além da iniciativa esportiva e profissionalizante, o projeto oferece programas ambientais, que visam à conscientização da importância do meio ambiente. Um deles é o projeto piloto Águas Limpas, que existe há três meses. Com uma embarcação francesa e durante seis dias da semana, os alunos recolhem o lixo flutuante das praias de Niterói que estão dentro da Baía. Para o biólogo e coordenador do projeto, Vinicius Pinheiro, o fator principal é a chuva.

- Quando chegar as chuvas de verão, com certeza, ele estará bem ativo – garante Pinheiro.

Outro programa ambiental é o projeto Baía de Guanabara, na qual são jogados cinco derivadores –bóias- na água que são monitorados por GPS. Através dessa iniciativa, está sendo feito um mapeamento sobre a direção das correntes, que, além de ajudar os alunos a entenderem mais sobre o meio ambiente, facilita saber o provável percurso do lixo flutuante, o que favorece o projeto Águas Limpas.

- O projeto permitirá aos competidores de vela nas Olimpíadas de 2016 saberem a direção dos ventos, o que fará do Brasil um dos poucos países que fornece esses dados a atletas – certificou Valéria Braga, coordenadora de programas ambientais e profissionalizantes do projeto.

Durante a Semana do Meio Ambiente, em agosto deste ano, o projeto realizou a I Gincana Ecológica, cerca de cem alunos recolheram 400 kg de lixo na praia do Morcego, localizada na Baía de Guanabara, onde o acesso é possível apenas de barco, o que impede a Companhia de Limpeza de Niteroi (Clin) de limpar a região. Pinheiro destacou que a praia ficou limpa e que pretende manter essa iniciativa, pelo menos uma vez por ano.

A junção da educação ambiental, profissional, esportiva é o que torna o projeto referência no país. A primeira, e por enquanto a única, filial fica no município de Três Marias, em Minas Gerais. São cerca de 150 alunos que desfrutam de uma área duas vezes maior do que a Baía de Guanabara. Mas o desejo de ampliar o projeto não para, existem algumas propostas de criação de mais duas unidades descentralizadas, uma na capital baiana, Salvador, e a outra na cidade do litoral paulista, Guarujá, revelou Thamsten.

- O projeto mudou muita coisa na minha vida porque antes eu ficava na rua e também me fez cortar o cabelo – brincou Wallace Martins (14), que entrou no projeto no começo deste ano e já pretende ser um velejador.








material produzido para o Projeto de Extensão TV 2.0 - UFF

O uso dos "gadgets" pelas crianças

O professor da Faculdade de Educação da UFF, Paulo Carrano, foi convidado para falar sobre os impactos e benefícios causados na vida da geração que tem, desde cedo, acesso a todos esses dispositivos tecnológicos. Ele falou sobre o papel do diálogo entre pais e filhos e discutiu possíveis “efeitos colaterais” do viver no pós-Geração Y, a exemplo do desinteresse pela leitura.

Material produzido para o Projeto de Extensão TV 2.0 da UFF