Crianças ganham presentes do Papai Noel

matéria produzida para a  Eletronuclear - Eletrobrás Termonuclear S.A

Evento Natal sem Fome da Eletronuclear traz lazer para população de baixa renda de
Angra dos Reis

Momento de expectativa: Mães e filhos esperam o Papai Noel entregar presentes para as crianças, no Frade

   Para comemorar uma data especial que é o Natal, a Eletronuclear e o Governo Federal realizaram, nos dias 18 e 19 de dezembro, a quinta edição da festa Natal sem Fome, respectivamente, no Frade e Parque Mambucaba, em Angra dos Reis. A festa foi organizada pela área de Responsabilidade Socioambiental da Elteronuclear. Segundo os organizadores, cerca de três mil pessoas participaram dos dois dias de evento.
  As crianças aproveitaram o dia diferente na comunidade e ficaram encantadas com as diversas brincadeiras e atividades, que aconteceram durante todo o dia. É o caso de Gabriel Henrique dos Santos de seis anos, que estava na fila para participar de um brinquedo e já sabia o próximo que iria brincar.
  O evento Natal sem Fome é uma maneira da população do Frade e do Parque Mambucaba ter lazer, já que nos bairros, segundo os moradores, não há opções para diversão.
  – A gente mora numa comunidade em que as crianças não têm muita opção de lazer. Têm dois anos que eu moro aqui e participo. Acho que é uma oportunidade muito boa para as crianças e para a comunidade – disse Vitória dos Santos, moradora do Parque Mambucaba.
  Reginalda Souza, que é voluntária há quatro anos, falou da importância de ter cada vez mais voluntários para que seja possível a realização do evento. Só este ano, foram 40 voluntários que ajudaram nos dois dias de festa.


 – Essa união do povo trabalhando é que faz com que essa festa aconteça e traga alegria para a população – contou Souza.
  O momento mais comemorado foi a hora em que o Papai Noel chegou, as crianças receberam uma pulseira para pegar o presente, o único que muitas delas ganharam no Natal. Vitor Hugo dos Santos de seis anos, morador do Parque Mambucaba, estava ansioso para ganhar o presente e disse que queria um carrinho de controle remoto do Papai Noel.
  Para Francisco Carlos dos Santos, coordenador do programa Fome Zero, o importante é estar presente no cotidiano das crianças e não apenas contribuir financeiramente.
  – Elas (as crianças) precisam de carinho e amor e não é só no Natal e no Dias das Crianças, mas no dia-a-dia – disse.
  As crianças ainda receberam um kit de higiene bucal distribuído pela Fundação Eletronuclear de Assistência Médica (FEAM) e uma mochila com camisa e boné.

A história

  Baseado no projeto do sociólogo Herbert de Souza (Betinho) que, em 1993, criou a campanha Natal sem Fome, que arrecadava alimentos para pessoas em situação de miséria, a Eletronuclear, em 2005, desenvolveu o projeto Natal sem Fome dentro do programa Fome Zero do Governo Federal. Como o Brasil, em 2005, não tinha o mesmo quadro econômico-social dos anos em que a campanha do sociólogo foi criada, o evento Natal sem Fome da Eletronuclear não tem como objetivo arrecadar alimentos, uma vez que as políticas públicas de combate à fome e à miséria já estão implantadas no país, como o programa Bolsa Família.
  O objetivo do evento Natal sem Fome da Eletronuclear é proporcionar um dia de lazer para as famílias de baixa renda dos bairros de Angra dos Reis.
  Além do Natal sem Fome, o projeto Fome Zero realiza, durante todo o ano, outros eventos como o Dia da Cidadania Infantil, que comemora o Dia das Crianças. O Projeto Fome Zero ainda ajuda as ações sociais realizadas pela Igreja Católica, Centro Espírita, igrejas Evangélicas, comunidades indígenas e quilombolas do município.

O esporte como fonte de educação

Projeto Grael transforma histórias de crianças e jovens através da vela
Alunos do Projeto Grael, em Niterói, preparas as velas cuidadosamente para começarem as aulas na Baía de Guanabara
Marcelo Amorim (26), em 1998, fez parte de uma das primeiras turmas do projeto social que mudou a vida dele. Depois de algumas idas e vindas, Marcelo voltou em 2006 e está no projeto até hoje. Só que agora não mais como aluno e sim como instrutor de vela. Assim como Marcelo, mais de oito mil crianças e jovens de escolas públicas de Niterói, entre 9 e 24 anos, já passaram pelo Projeto Grael, que pertence ao Instituto Rumo Náutico.

- O projeto deu 360º na minha vida, me deu oportunidade de fazer vários cursos e ter uma carreira – contou Amorim, que faz faculdade de Educação Física e que através do projeto fez curso de juiz e gerenciamento de regatas.

Há 12 anos, em um contêiner na praia de Charitas, foram criadas as primeiras turmas, através de uma iniciativa dos irmãos velejadores Torben e Lars Grael e o velejador Marcelo Ferreira. Em 2004, o projeto passou a ocupar o espaço do antigo hotel Samanguaiá em Jurujuba, onde, atualmente, é a sede. O irmão mais velho Axel Grael, ex-presidente da Feema, é o atual presidente da instituição.

A animação e a vontade de aprender das crianças e jovens são notórias logo quando se chega ao pátio, onde os alunos lavam cuidadosamente as velas que acabaram de usar para retirar o sal.

Os alunos têm como sala de aula a Baía de Guanabara, onde aprendem a velejar. Assim que entram no projeto, fazem natação, que é essencial para a segurança durante a navegação. Até os 15 anos cursam Optimist, que é uma classe onde são usados barcos menores que recebem nomes de brincadeiras infantis, como estátua e detetive. Depois, cursam a classe Dingue, na qual os barcos recebem nomes de ventos, como tornado e brisa.

Há uma classificação dentro do projeto para os alunos que se destacam na vela que passam a fazer parte do time estrelas do mar, já são cerca de 50 alunos que participam de competições amistosas, oficiais, estaduais e nacionais.

A competição brasileira Desafio Solar também tem a participação dos alunos do Projeto Grael nas etapas classificatórias para uma maior que acontece na Holanda. Na competição são usados barcos movidos a energia solar. A embarcação do Projeto Grael que é usada no Desafio Solar, Peixe Galo, foi construída pelos próprios alunos em 2009.

Mas não é somente a vontade de ser um velejador que atraí meninos e meninas a fazerem parte do projeto. A preocupação com o futuro profissional faz com que muitos jovens possam aproveitar a oportunidade para se especializarem em marcenaria, capotaria, mecânica, eletroeletrônica, refrigeração e fibra de vidro. A assessora de imprensa do projeto, Mariane Thamsten, explicou que os cursos profissionalizantes preparam os alunos para o mercado náutico e também para se tornarem administradores dos barcos.

A vontade de aprender e a preocupação com o futuro atraíram Bruno Nunes (18) para as aulas de cursos profissionalizantes. Bruno entrou no projeto em 2005 e hoje não faz mais aula de vela e nem cursos, mas continua no projeto como voluntário.

- Eu quis me profissionalizar através dos cursos do projeto para que eu mesmo fizesse os reparos nos barcos. E, também, se a vela rasgasse, eu pudesse saber como costurar – contou Bruno, que fez curso de marcenaria, capotaria e fibra de vidro.

É só passar um dia na sede em Jurujuba e conversar com os diversos jovens e crianças que movimentam o instituto para perceber que as histórias dos alunos se repetem. Alguns deles mesmo quando terminam as aulas de vela e os cursos profissionalizantes continuam integrantes do projeto. É o caso de Laís Carvalho (18), que foi aluna entre 2007 e 2009 e hoje permanece no projeto todos os dias, mas agora como secretária.

- Foi aqui que eu aprendi quase tudo que eu sei hoje em dia – disse Lais, que sonha em criar seu próprio negócio, uma loja de capotaria, para colocar em prática tudo que aprendeu durante o curso.

Além da iniciativa esportiva e profissionalizante, o projeto oferece programas ambientais, que visam à conscientização da importância do meio ambiente. Um deles é o projeto piloto Águas Limpas, que existe há três meses. Com uma embarcação francesa e durante seis dias da semana, os alunos recolhem o lixo flutuante das praias de Niterói que estão dentro da Baía. Para o biólogo e coordenador do projeto, Vinicius Pinheiro, o fator principal é a chuva.

- Quando chegar as chuvas de verão, com certeza, ele estará bem ativo – garante Pinheiro.

Outro programa ambiental é o projeto Baía de Guanabara, na qual são jogados cinco derivadores –bóias- na água que são monitorados por GPS. Através dessa iniciativa, está sendo feito um mapeamento sobre a direção das correntes, que, além de ajudar os alunos a entenderem mais sobre o meio ambiente, facilita saber o provável percurso do lixo flutuante, o que favorece o projeto Águas Limpas.

- O projeto permitirá aos competidores de vela nas Olimpíadas de 2016 saberem a direção dos ventos, o que fará do Brasil um dos poucos países que fornece esses dados a atletas – certificou Valéria Braga, coordenadora de programas ambientais e profissionalizantes do projeto.

Durante a Semana do Meio Ambiente, em agosto deste ano, o projeto realizou a I Gincana Ecológica, cerca de cem alunos recolheram 400 kg de lixo na praia do Morcego, localizada na Baía de Guanabara, onde o acesso é possível apenas de barco, o que impede a Companhia de Limpeza de Niteroi (Clin) de limpar a região. Pinheiro destacou que a praia ficou limpa e que pretende manter essa iniciativa, pelo menos uma vez por ano.

A junção da educação ambiental, profissional, esportiva é o que torna o projeto referência no país. A primeira, e por enquanto a única, filial fica no município de Três Marias, em Minas Gerais. São cerca de 150 alunos que desfrutam de uma área duas vezes maior do que a Baía de Guanabara. Mas o desejo de ampliar o projeto não para, existem algumas propostas de criação de mais duas unidades descentralizadas, uma na capital baiana, Salvador, e a outra na cidade do litoral paulista, Guarujá, revelou Thamsten.

- O projeto mudou muita coisa na minha vida porque antes eu ficava na rua e também me fez cortar o cabelo – brincou Wallace Martins (14), que entrou no projeto no começo deste ano e já pretende ser um velejador.








material produzido para o Projeto de Extensão TV 2.0 - UFF

O uso dos "gadgets" pelas crianças

O professor da Faculdade de Educação da UFF, Paulo Carrano, foi convidado para falar sobre os impactos e benefícios causados na vida da geração que tem, desde cedo, acesso a todos esses dispositivos tecnológicos. Ele falou sobre o papel do diálogo entre pais e filhos e discutiu possíveis “efeitos colaterais” do viver no pós-Geração Y, a exemplo do desinteresse pela leitura.

Material produzido para o Projeto de Extensão TV 2.0 da UFF


Robson Santos, escritor do livro Paraty 2021, fala sobre a experiência de escrever o primeiro romance

Curtia o feriado do dia 2 de novembro na minha casa em Angra e foi quando um amigo do meu pai foi    visitá-lo e me deu o seu livro. O nome dele é Robson Santos, morador de Mambucaba. Robson é consultor, educador e escritor. Escreveu pela primeira vez um livro, cujo título é: Paraty 2021.

O livro conta a história de quatro jovens cineastas que tem um projeto de fazer um filme sobre Paraty. O desejo de falar sobre o município é porque em 2021, Paraty se tornou uma cidade-modelo. Baseada na economia solidária, autogestão e coletivismo, a cidade é um lugar sem pobreza, com universidades públicas, hospitais desenvolvidos, ou seja, tudo que Paraty, infelizmente, não é hoje.

O tecido social entrevistou Robson Santos, que também se formou na UFF, e soube um pouco mais sobre o escritor e o livro Paraty 2021.

TECIDO SOCIAL: Há certa identificação sua com os personagens em relação à rejeição aos Estados Unidos?

Robson Santos: Sim. Os quatro personagens principais do Paraty 2021 têm uma consciência clara da posição nefasta que os Estados Unidos assumem no mundo contemporâneo. E, eu cresci escutando meus pais "falando mal" do
país, da nação, do povo estadunidense. Alertando sobre a invasão cultural que se promove, sobre o FMI, etc. Na juventude meu autor predileto, Frei Betto, tem uma leitura semelhante.

TECIDO SOCIAL:  Tem uma parte do livro que diz: “E tornara-se um município (Paraty) de configuração trina: turística em segmentos antigos e novéis, estudantil universitária e histórico cultural”. Há entre as linhas um desejo seu em ver Paraty daqui a 11 anos com essas características? Principalmente, em relação à descrição de uma cidade universitária, porque sabemos como é fraco o sistema educacional da cidade e a ausência de faculdades públicas.

Robson Santos:Sim, visualizo uma extraordinária mobilização nessa Paraty de 2021, onde uma universidade comunitária emerge sendo um dos pontos fortes dessa teia solidária. Me inspiro na Universidade de Mondragon, no País
Basco/Espanha, para pontuar que uma universidade consegue dar a tônica do desenvolvimento de um lugar. Mondragon é uma extraordinária experiência cooperativista criada por um padre católico. E a Universidade de Mondragon, de perfil comunitário, nem estatal nem particular, me soa como ideal. Creio que a universidade pública, gratuita, de qualidade, presencial e a distância, deve se consolidar no Brasil. Igualmente creio que a iniciativa privada deve continuar empreendendo com todos os estímulos do Poder Público juntamente com fiscalização severa do cotidiano delas. Creio, por fim, que entre os dois paradigmas urge evidenciarmos, isto a midia ordinária não o faz,  paradigma de universidade comunitária, sustentável, solidária, transdisciplinar. A Universidade de Paraty se apresenta com esse caráter futurista.

TECIDO SOCIAL: Você acredita que no nosso país, onde o individualismo e a competição entre as pessoas são tão intensos, é possível uma cidade se desenvolver com base apenas na economia solidária e autogestão?

Robson Santos:Não. E é por isso que o livro Paraty 2021 descreve a convivência de interdependência entre a iniciativa privada tradicional, o cooperativismo tradicional, o cooperativismo popular, a economia de
comunhão do Movimento dos Focolares, etc. Ou seja, nessa economicidade paratiense de 2021 há espaço para todos, contudo a economia solidária, por circunstâncias muito fortuitas, passa a ser o paradigma a que tudo o mais se adequa. Sem forçar nada, através mesmo do mercado e da livre iniciativa das pessoas comprometidas. Por outro lado, eu creio sim que quando surgirem centenas de pequeninas cidades fora do litoral do país, várias delas poderão se estruturar, desde o inicio, com a economia solidária. Um dia, quem sabe, teremos tantas e tantas cidadezinhas pelo interior do Brasil, como na França, e baseadas naidéia de que outro mundo é possível. Em Paraty só foi possível acontecer o que descrevo devido ao fato quase mitológico que mexeu com a vida de todos.

TECIDO SOCIAL:  No final do livro, você deixa uma pergunta no ar ao levantar uma questão se Paraty conseguirá realizar todas essas transformações (culturais, econômicas, educacionais, política, tecnológica...). Mas você como autor do livro e morador da região acredita que Paraty em 2021 estará tão mudada?

Robson Santos:Eu queria muito escrever algo que sintetizasse as principais ideias que acalento sobre o desenvolvimento humano autêntico e integral no dizer do Papa Paulo VI. Em poemas que tenho escrito ao longo de uma década elas surgem dispersas. Nos textos discursivos escrevo abundantemente (embora não tão
qualitativamente...) sobre essas tais ideias contra-hegemônicas. Então ao imaginar uma cidade que se apresentasse no futuro com características de sustentabilidade, economia solidária e dialogicidade interreligiosa decidi escrever sobre Paraty. Mas poderia ser Angra dos Reis, ou Passa Quatro. Preferi Paraty pois morei lá e também quis dar um distanciamento sobre pessoas, grupos e organizações.

TECIDO SOCIAL:  O seu livro foi reconhecido pela prefeitura ou algum segmento socialista da região?

Robson Santos:O texto do livro estava publicado na Internet desde 2008. Com alguns feed-backs reformulei toda a obra. O título, os nomes dos personagens, fiz o trabalho doloroso mas essencial de um escritor consciente que é o de cortar trechos, reduzi o tamanho dos parágrafos, acrescentei referências culturais de Paraty mais incisivamente, substitui dezenas de palavras pouco usadas por outras mais comuns. Então descobri o sistema de impressão sob demanda que é uma das tendências na área editorial. Cadastrei-me no Clube de Autores, fiz um passo a passo fácil e gratuito de criação de capa e de editoração simples. Isto em setembro de 2010. Aí fui para a FLIP divulgar o Paraty 2021. Estive na ponto do Clube de Autores na FLIP e circulei pela cidade divulgando o livro com um brinde (um vidrinho de perfume com a capa do livro). Bem, o que eu quero dizer com isso? Que o livro está ainda no início de sua divulgação. Sequer passou ainda pelo olhar
profissional de um editor. Não que esteja dando muita importância a isto, pois o retorno de leitores como você também nos referenciam grandemente. E como eu não tenho nenhum delírio de ser futuramente um
escritor "renomado" estou sereno quanto ao rumo que a obra possa tomar. Importa sobretudo expressar deias e ajudar no Progresso dos Povos como diz o Papa Paulo VI. Depois que eu tiver o mínimo de colocações críticas acerca deste primeiro romance vou me debruçar sobre ele e dar um último tratamento no texto. A seguir sai uma espécie de 2ª edição. E um segundo lançamento na FLIP de 2011! Dessa
vez com mais segurança e diversos exemplares para efetivamente vender.

TECIDO SOCIAL:  Em quanto tempo você escreveu o livro?

Robson Santos:Eu levei seis meses pra escrever o Paraty 2021. Entre a ideia primária e a pesquisa bibliográfica até a segunda forma do romance foram esses seis meses de contato quase diário com a obra.

TECIDO SOCIAL:  Como foi a sustentação financeira do seu livro?

Robson Santos:Na ocasião eu estava recebendo o benefício do auxílio doença do INSS, então, tive tempo para dedicação integral ao escrever. Se você se refere ao recurso para publicá-lo eis a novidade já dita antes: publiquei pelo Clube de Autores gratuitamente!

TECIDO SOCIAL:  Você vende-os? Se sim, qual é o preço?

Robson Santos:Sim. O romance Paraty 2021 está a venda no Clube de Autores (http://www.clubedeautores.com.br/). Ao acessar o site basta digitar Paraty 2021 no campo que está no canto superior esquerdo. Então, será remetido
à pagina do livro com uma descrição e as primeiras seis páginas disponíveis para leitura. O preço é, por enquanto, pouco interessante: R$29,53. Pagável com cartão ou boleto bancário. Se considerar a
despesa de correios chega a uns R$40,00. Parece arrogância um preço assim quando best-sellers e livros renomados estão bem mais baratos... Mas há de se considerar que este é um sistema de impressão
sob demanda. Imprime-se na medida em que se vende. Assim que eu estiver vendendo em Mambucaba, na livraria futuro, deve custar R$ 30,00.

TECIDO SOCIAL:  Confesso que quando vi o livro pensei que não se tratasse de uma ficção, por isso, queria saber quais os motivos que te levaram a escrever o livro e também a escolha de personagens que estudaram na Universidade Federal Fluminense e que moraram em Niteroi? Você também estudou na UFF?

Robson Santos:O motivo principal foi o de sintetizar minhas ideias e expressá-las de um modo que não tinha tentado antes: um romance. Creio que a literatura deve sim estar comprometida com a transformação social. Quando escuto ou leio os pupilos da tresloucada pós-modernidade afirmarem que a literatura não deve assumir esta missão eu digo comigo mesmo: esse pessoal se perdeu num labirinto de auto-suficiência... Eu estudei educação na UFF, fui presidente de diretório acadêmico, poeta dos saraus e eventos culturais, etc. Tenho muitas lembranças da UFF. Umas agradáveis outras nem tanto. Mas isso fica para outro papo. E a UFF realmente tem curso de cinema. Juntei as coisas.

TECIDO SOCIAL:  Por que a escolha do ano 2021?

Robson Santos:Pensei numa data que abrangesse várias gestões públicas de quatro anos. Embora o acontecido em Paraty não seja obra única do Poder Público e sim uma megamobilização do III Setor, a iniciativa privada e o referido poder. Também devido a 21 ser um número que soa inovador pois lembramos logo do século XXI e suas surpreendentes necessidades e desafios.

TECIDO SOCIAL:  E,por último, você está escrevendo algum livro no momento ou está com projetos?

Robson Santos:Escrevi esses dias uma crônica que, segundo contato de editores, deve sair numa coletânea de crônicas sobre Angra dos Reis. Meu objetivo primordial é sublimar o texto do Paraty 2021. É interagir com pessoas
autênticas que queiram e possam dizer: isto eu gostei, isso eu achei ingênuo, isso tá ruim pra caramba, isso me surpreendeu, etc. Ou seja: eu me assumo aqui como um escritor em formação. Com inquietações
tremendas sobre a razoabilidade do texto que cria. Jamais concederia  essa entrevista "posando" de escritor resolvido e em ascensão. Nem resolvido, pois crescemos a cada dia ao interagirmos com as
adversidades da vida, nem alucinado por prestígio. Importa a mim no momento consolidar o estilo apresentado em Paraty 2021: um livro de assuntos futuristas de inspiração católica. Quem sabe na FLIP de 2011 socialistas, católicos, ambientalistas, educadores, líderes comunitários, etc venham a descobrir este primeiro romance e venham a cultivar o gosto por mais outra narrativa que tenha implicação com o
Progresso dos Povos? Tomara!



Saiba mais sobre o livro: http://livrariafuturo.blogspot.com/p/paraty-2021-resumo.html

Divergências entre idéias marcaram a I Semana UFF de Jornalismo

Há apenas nove dias em que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e mais nove governadores foram eleitos, o tema de abertura da I Semana UFF de Jornalismo, realizada entres os dias 9 e 11 de novembro, foi sobre a cobertura política no cotidiano e durante as eleições. A presença de profissionais da área de comunicação com opiniões divergentes mostrou que o nome do evento foi bem escolhido: controversas.


Ao participar da primeira mesa, Chico Otávio, editor de política do jornal “O Globo”, não concordou com a posição de Paula Máiran, assessora do deputado Marcelo Freixo, sobre a censura imposta aos jornalistas pelos donos dos jornais, que decidem, segundo Máiran, o que pode ou não ser divulgado. Para o editor, mesmo que essa fosse a vontade dos donos, seria impossível que os empresários pudessem verificar tudo antes de ser publicado.

Máiran ainda criticou a imprensa de, durante as eleições, se concentrar em apenas alguns candidatos, como aconteceu nos últimos meses em que a mídia hegemônica pauto-se nos até então candidatos José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT), o que favoreceu para que muitos eleitores acreditassem que havia somente esses candidatos – destacou a assessora, que vê como exceção, a cobertura feita pela imprensa do ex-candidato à presidência Plínio de Arruda (PSOL), já que Plínio conseguiu mobilizar o público de uma forma que a imprensa não tinha como ignorar o candidato – concluiu Máiran.

No segundo dia, as controversas fizeram parte da mesa sobre o mercado de trabalho. Desviando do tema proposto, Solange Duarte, editora do jornal “O Globo”, e Marianna Araújo, repórter do “Observatório das Favelas”, discordaram entre si sobre a cobertura feita pelos maiores jornais sobre as favelas. Marianna acusou a imprensa de mostrar as comunidades cariocas apenas como regiões que originam violência, não levando em conta que muitas vezes os moradores das favelas também são vítimas de violências que não são praticadas por traficantes dos morros, mas por pessoas que deveriam zelar pela segurança da população: os policiais - destacou a repórter. Emocionada, Marianna mencionou o assassinato de um garoto de sete anos, na favela da Maré, Rio de Janeiro. Segundo a repórter, a criança chegava da escola e se assustou com a presença de policiais, ao demonstrar que estava assustado, os policiais atiraram no menino que morreu no portão de casa. Os moradores indignados com a situação fecharam a Linha Amarela. Marianna criticou os jornais por destacarem o fato de a Linha Amarela ter sido fechada por moradores da favela em desde divulgarem a morte de uma criança. Ao defender seu trabalho, Solange disse que a imprensa não mostra somente o lado ruim da favela e que os repórteres estão mais limitados ao acesso aos morros cariocas depois do assassinato do jornalista Tim Lopes.

As propostas de mudança no currículo do curso de jornalismo foram apresentadas, no último dia, pelos professores Ildo Nascimento, Denise Tavares e Larissa Morais. Algumas modificações tiveram aceitações unânimes, como a colocação da disciplina Teorias da Percepção como optativa. A mudança que levantou polêmica entre os estudantes foi a redução das atuais três lingüísticas para duas. Os alunos do segundo período, que até o momento cursaram somente uma lingüística, defenderam a ideia de reduzir a quantidade dessa disciplina, para eles, uma lingüística já seria essencial. Para André Coelho, aluno do segundo período de jornalismo, existem matérias mais importantes que deveriam ter a carga horária ampliada. Contrários a essa ideia e defensores da importância da linguistica para a formação do jornalista, os alunos do quinto período, que já cursaram as três linguísticas, não aprovaram a redução da carga horária da disciplina.

Com descontração e participação dos estudantes, a última mesa foi composta por seis ex-alunos de jornalismo da UFF, Herica Marmo, Mariana Costa, Júlio Lubianco, Che Oliveira, Ana Paula Costa e Colin, que relembraram o tempo de faculdade e contaram como funciona o mercado profissional. Sem controversas, os jornalistas compartilharam a ideia de que os únicos momentos ruins da UFF eram quando tinham greves e que o melhor da faculdade foi a excelente formação que tiveram.

O que a mídia hegemônica não mostra: O porquê de tantos incêndios nas favelas de São Paulo.

Ao ler a revista Caros Amigos do mês de outubro, deparei-me com uma matéria sobre o aumento do número de incêndios nas favelas de São Paulo. Quero aproveitar e parabenizar a jornalista Débora Prado pela excelente reportagem. É notável que o assunto tratado não seja nada de novo, porém, a matéria traz muitos dados e depoimentos relevantes.


Em destaque, diz que existem suspeitas que alguns incêndios tenham sido provocados por interesses imobiliários. Sinceramente, isso foi o que mais me chamou a atenção e me fez ler as duas páginas que falam sobre o assunto. É horrível pensar e acreditar que interesses individuais possam ser capazes de colocar em risco a vida de milhares de pessoas que já passam por diversas dificuldades e ainda sofrem com as perdas constantes devido a esses incêndios que tornaram tão comuns na cidade.

Um dos motivos que confirma tais suspeitas é o local onde os incêndios mais acontecem, são regiões de antigos embates entre a comunidade e o poder público, uma delas é a comunidade Real Parque, onde a área atingida pelo último incêndio, no mês de setembro, faz parte de um terreno da EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A), na qual a prefeitura tem tentado com dificuldades retirar a população do local. Além disso, há áreas, como na Água Espraiada, nas quais os moradores já sabem que logo serão expulsos, porque a prefeitura tem interesse de fazer na Espraiada uma nova Avenida Paulista até a Copa de 2014. Depois do último incêndio, a prefeitura quis encaminhar algumas famílias para alojamentos em outras regiões da cidade, só que os moradores não aceitaram. E por que eles não aceitaram? Porque, assim como qualquer pessoa, eles se identificam com o local onde vivem e muitas vezes, ou melhor, na maioria delas, a prefeitura quer deslocar esses moradores para lugares distantes. Nossas autoridades esquecem que a população quer morar perto do local de trabalho, de áreas com infra-estrutura e, por isso, recusam essas propostas.

Outro aspecto que nos assusta é ver que em muitos casos o corpo de bombeiros vai às áreas de incêndios com os carros sem água ou com a torneira furada, sem contar a demora para chegar, neste último caso, talvez, possa ser levado em conta o trânsito como empecilho, mas para os outros dois não há desculpa. Sendo assim, os próprios moradores, acostumados com a situação, se viram com os baldes cheios de água para tentar conter o imenso fogaréu que se alastras rapidamente.

Contido o fogo resta-se nada. Minto. Restam-se problemas: algumas pessoas não tem onde morar, outras recebem auxílio-aluguel, porém, não sabem até quando receberão ou quando começarão a receber. Sem contar a ausência, em muitos casos, da unidade móvel de Poupatempo, onde as pessoas podem refazer os documentos perdidos nos incêndios.

A mídia brasileira concentra-se em divulgar a quantidade de pessoas desnutridas na África, o desrespeito aos Direitos Humanos no Irã, o suposto surto de cólera no Haiti, mas esquece de olhar para o próprio país, ou melhor, para os seus próprios receptores de notícias. Uma realidade está estampada a todos os donos dos meios de comunicação, diretores, editores e jornalistas. Infelizmente, não é somente em São Paulo que a população não recebe o auxílio-aluguel e sim em todo o Brasil. Como exemplo, são os moradores do morro do Bumba, que desde o terrível deslizamento de terras causado pelas chuvas no mês de abril, não recebem, até hoje, o prometido auxílio. E os grandes meios de comunicação só se importaram com o assunto quando ele rendia audiência, ou seja, na semana em que a tragédia aconteceu. Depois disso... Onde fica mesmo o morro do Bumba?

Será o início do fim do jornal impresso?

Um assunto não sai da pauta de discussão, principalmente, nos grupos formados por professores, estudantes e profissionais de comunicação. O jornal impresso está com os seus dias contados devido ao progresso da internet e os diversos suportes digitais da notícia, como celular, ipad e netbook?


Depois de quase dois meses em que o Jornal do Brasil emigrou da publicação impressa para a digital, a Associação Brasileira de Imprensa(ABI) realizou, na última quarta, o Seminário “o JB que nós amávamos”, na qual a história do único jornal impresso que teve abrangência nacional foi resgatada por jornalistas que trabalharam em diferentes épocas na redação desse antigo gigante da imprensa que agora só ficará nas memórias, livros e na sua versão digital.

Todo o processo de como era produzido o jornal, desde a realização da matéria, passando pela revisão do editor até a impressão foi mostrado através do curta metragem de Nelson Pereira de Santos, “um moço de 74 anos”. Ildo Nascimento, professor da Universidade Federal Fluminense, falou da reforma gráfica do jornal no final da década de 50 e como a mudança na diagramação favoreceu para maior reconhecimento pelo público e, também, contribuiu, para que mais tarde, os outros jornais imitassem a reforma feita por Amilcar Castro.

Com o tema “Um jornal que fez história”, a primeira mesa foi composta por Alberto Dines, José Silveira, Ana Arruda, Cícero Sandroni e Wilson Figueiredo. O primeiro a falar foi o editor responsável do programa Observatório da Imprensa na TV Brasil, Alberto Dines, que está com uma virose e, por isso, participou por vídeo conferência. Dines começou a trabalhar no JB como editor, em 1962, e permaneceu durante quatro anos.

- O que mata a imprensa são esses surtos messiânicos – disse Dines, ao se referir das mudanças estruturais constantes que acontecem, atualmente, nos jornais. Para o experiente jornalista, o grande mérito do JB foi que, de 1956 a 1990, ele não teve períodos. As equipes mudavam, mas o padrão do jornal era mantido.

Com uma trajetória de mais de 20 anos no JB, o jornalista José Silveira ressaltou que a base da redação de um jornal é o diálogo entre os jornalistas e que “o jornalismo é um aprendizado diário”.

Ana Arruda, que com 20 anos começou a carreira de jornalista no JB quando começava a reforma do jornal, disse que através do Concretismo, da Bossa Nova, da criação de Brasília e da Revolução Cubana foi que o espírito JB se concretizou.

- Os chefes estavam ali para ajudar e ensinar – comentou Arruda ao lembrar-se dos chefes que teve no JB, ressaltando que a redação não era ditatorial.

Os “jotabenianos”, como Mair Pena Neto, Romildo Guerrante, Sandra Chaves e Flávio Rodrigues são chamados, compuseram a segunda mesa, na qual os antigos jornalistas do JB relembraram a memória afetiva e política da redação.

- No JB essa vaidade era atenuada pelo espírito de equipe, o motorista, o fotógrafo e os jornalistas se ajudavam – visivelmente emocionado, comentou Neto ao classificar o jornalismo como sendo, muitas vezes, uma profissão de vaidade.

Em relação ao fim do JB impresso, Sandra Chaves comentou que o grande problema é colocar a notícia num único meio. Chaves criticou a ideia de usar somente o jornal impresso ou apenas a internet.

Flávio Rodrigues propôs que o ideal para o nome do evento é “o JB que nós amamos”, já que as lembranças e o amor pelo jornal permanecem entre muitos jornalistas e leitores.

Com tom mais agressivo e ao mesmo tempo preocupado com o futuro do jornalismo, Domingos Guerrante aproveitou a presença da platéia composta por estudantes de jornalismo para alertar sobre as conseqüências da velocidade e do desleixo das redações na publicação da notícia.

O seminário foi realizado na última quarta e quinta-feira e coordenado por Sylvia Moretzsohn, professora da Universidade Federal Fluminense, colaboradora do Observatório da Imprensa e diretora de jornalismo da ABI.

Nativos e imigrantes digitais

O Encontro Nacional Mídia e Formação do Leitor teve como um dos temas a relação dos professores e alunos com a internet. O encontro aconteceu na última quinta-feira (15) e foi realizado pelo jornal O DIA em parceria com o Instituo Ary Carvalho.
A internet é um meio que está cada vez mais acessível a todos. Entende-se aí, acessibilidade como algo fácil de ter acesso e não de possuir ou ter para si. Hoje, existem mais pessoas que acessam a internet do que há alguns anos, e isso só tende a aumentar.  Mas, os internautas brasileiros ainda navegam mais nas lan houses do que nas suas residências. O número de brasileiro com acesso à internet em casa não passa de 40%. Enquanto, o número de lan houses no país chega a ser maior que o número de agências bancárias.
A propagação de lugares que possibilitam a todas as pessoas ter acesso à internet fez com que esse meio de comunicação se expandisse e atraísse cada vez mais adeptos a essa fonte de informação, entretenimento, diversão e pesquisa. É claro que as crianças não ficaram de fora, elas dominam a internet, muitas vezes sabem mais do que um adulto. A facilidade que elas têm de aprender, favorece para que consigam facilmente navegar e descobrir um novo mundo que não existia para as antigas gerações.
Os chamados nativos digitais, pessoas que nasceram quando a era digital já existia, não são mais somente receptores, são também emissores. A internet é um meio que permite a todos  participarem ativamente desse meio de comunicação. Essas crianças e jovens são emissores quando postam seus vídeos no you tube, seus textos no blog, comentam no twitter, postam fotos no Orkut, enfim, se tornam um membro essencial de um meio de comunicação.
Os imigrantes digitais, pessoas que não nasceram na era digital, também estão envolvidos e participam desse meio, porém, nem todos. Alguns professores já se adaptaram a essa nova mídia e além de receptores também são emissores dela. Mas, muitos ainda não se acostumaram com a internet e acabam nem sendo receptores e muito menos emissores.
A grande questão é como fazer da escola um lugar onde os professores (imigrantes digitais) e os alunos (nativos digitais) se encontram? É necessário que os professores estejam envolvidos com essa nova mídia, pois os alunos convivem com ela diariamente. Marcos Ozório, professor de Geografia da rede pública e privada do Rio de Janeiro, disse na palestra que o fracasso escolar do professor se dá pela “desindentificação” dos alunos com os professores.
Se a internet é hoje a realidade de muitos alunos, se eles a usam diariamente, há que ter uma ponte entre esses alunos, professores e a internet. Os professores têm uma tarefa difícil de adaptarem a ela e fazer dela uma fonte rica de informação e comunicação entre eles e os seus alunos. Infelizmente, muitas crianças e jovens acessam a internet apenas para entrar em redes sociais e jogar games. E é isso que deve ser mudado. Os professores têm que estimular  seus alunos a fazerem uso da internet para outros fins, como busca de conhecimento e informação. É claro, que essa tarefa não é só dos mestres e também dos pais. Os nativos digitais têm que aproveitar essa ferramenta de uma forma que a internet traga para eles não somente entretenimento, mas, além de tudo, conhecimento e cultura.


Plínio e suas propostas

O candidato à Presidência Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) participou nesta segunda-feira da sabatina feita pelo jornal O GLOBO. Durante a entrevista, Plínio falou sobre as suas propostas para o governo caso seja eleito.

Ao ver a reportagem, achei relevante comentar sobre ela aqui no blog. Principalmente, por se tratar de propostas que fogem das que estão sendo feitas pelos candidatos que estão nas três primeiras posições das pesquisas de intenção de voto.

Plínio de Arruda falou da bandeira carregada pela sua campanha que é acabar com a desigualdade social, através da redistribuição radical da renda e da terra. Seguindo a linha de prioridade do seu eventual (intensifica-se aí o eventual) governo, Plínio coloca em primeiro lugar a reforma agrária, seguida da redução de jornada de trabalho sem redução do salário, reforma urbana, reforma da educação e reforma da saúde pública. Sobre essa última proposta, o candidato do PSOL à Presidência disse que transformaria todo médico em funcionário público, ou seja, não haveria mais hospitais particulares.

É natural que um partido socialista tenha como proposta todas essas citadas. Mas, sabemos que a probabilidade delas serem realizadas é muitíssimo baixa. Primeiro, porque é difícil um candidato socialista ser eleito à Presidente no Brasil. A economia do nosso país é comandada por grandes empresários e esses jamais deixariam o seu lucro, a sua terra e todos os seus bens em pró da nação. Segundo, se um candidato socialista conseguisse ocupar a mais alta posição de poder do país, será que o mesmo conseguiria implantar todas essas propostas? Posso parecer pessimista, mas acredito que não. É claro, que queríamos que a desigualdade social não existisse, mas sabemos que para que isso aconteça não é tão simples. Pode acabar com a desigualdade social, mas com o fim da mesma, vêm outros milhares de problemas. Temos Cuba e Coreia do Norte como modelos de países socialistas e sabemos como a população vive, não é nenhuma “mil e uma maravilhas”.

Muitas pessoas têm criticado o candidato José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) por terem nos seus discursos propostas semelhantes. Mas será que é tão mal isso? Penso, sinceramente, que não. Podem falar: “é por isso que o Brasil é assim”. É por isso que o Brasil é assim mesmo. Não podemos ver somente o lado ruim do nosso país. É claro, que tem muita coisa para melhorar, mas também muitas coisas já melhoraram. Não somos desenvolvidos, não somos os países mais ricos, mas temos também nosso destaque, temos o nosso lado bom. O Brasil já avançou muito na sua relação com o exterior. Hoje, o nosso país é visto com outros olhos. Quem diria que um dia o presidente dos Estados Unidos falaria que o presidente do Brasil é o político mais popular da Terra?

Tanto Dilma, Serra e Marina (PV) mostram propostas que visam reduzir o uso de drogas no país e programas de saúde que ajudem as pessoas que são viciadas. Propõem Programas de Saúde para a população, que só se diferenciam no nome, mas são muito parecidos no objetivo e os três candidatos defendem também a ampliação do Bolsa Família.

Prefiro propostas semelhantes a propostas utópicas.

Confira a reportagem feita com o candidato Plínio pelo jornal O Globo: http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/video/2010/19662/

As principais propostas dos candidatos no site do R7:
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/veja-as-principais-propostas-dos-presidenciaveis-dilma-marina-e-serra-para-cinco-areas-20100707.html

O "recesso" em ano eleitoral

No ano de eleição muitas coisas começam a serem feitas, como obras públicas, é claro, visando o voto dos eleitores. Porém, no Senado e na Câmara a tendência é a paralisação do serviço nos três meses que antecedem as eleições.

O site do Jornal O Globo, neste domingo, traz uma reportagem que fala do funcionamento e dos gastos no plenário durante o período de campanha eleitoral. As duas Casas estão num “recesso” que tem trazido problemas e vergonha para o país. O número de pessoas trabalhando diminuiu, mas os custos continuam altos. Muitos deputados e senadores não comparecem nas Casas e ainda levam assessores de Brasília para campanhas nos Estados.

O Senado ainda está mantendo as sessões de debates, nas quais comparecem os senadores e suplentes que não são candidatos este ano. Enquanto, a Câmara suspendeu todas as sessões durante o período de agosto até outubro.

Não é novidade dizer que o Brasil para em ano eleitoral. Mas, não imaginamos até que ponto vai essa paralisação. Não dá para pensar que as principais Casas do país estão paradas. Como a Câmara dos deputados pode ficar três meses sem se quer votar uma matéria em plenário? Está cada vez mais claro o interesse individual das pessoas que governam o Brasil.

Além disso, há a questão dos custos que permanecem elevados. Só no caso dos 594 parlamentares, de agosto a outubro, serão gastos R$ 29,4 milhões apenas com subsídios. A despesa média das duas Casas nesses três meses é de R$ 1,7 bilhão, sendo que o orçamento anual da Câmara e do Senado para 2010 é de R$ 6,88 bilhões.

A reportagem ainda fala da quantidade de funcionários que ficam passeando pelos corredores e gabinetes e garçons que sem terem para quem servir passam os dias conversando e vendo TV.

Pelo visto, todos os níveis de hierarquia no Senado e na Câmara estão aproveitando o recesso branco eleitoral. Provavelmente, as movimentações de pessoas nos corredores e gabinetes só voltarão depois do dia 3 de outubro, afinal, no início todo mundo quer mostrar serviço.

A arte Moderna e Contemporânea num só lugar.

O Centro Cultural Banco do Brasil está com duas exposições e cada uma representa uma linha de tempo importante da trajetória do país.

A Exposição Anita Malfatti – 120 anos relembra um momento histórico, que foi o Modernismo. São mais de 70 obras, pertencentes a pessoas particulares e museus, algumas nunca tinham sido expostas. Anita foi pioneira na pintura moderna. Na época, foi criticada por Monteiro Lobato, mas isso não impediu o seu sucesso posteriormente. A artista retratou as pessoas marginalizadas dos centros urbanos, o que a caracterizou com uma mulher corajosa por fugir das amarras sociais. Ela formou junto com Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Menotti Del Picchia o grupo dos cincos, artistas que defenderam a Semana de Arte Moderna e aplicaram o Modernismo no Brasil. Além da exposição de suas obras, há, entre um quadro e outro, resumos da vida de Anita, o que permite ao visitante não somente conhecer as suas obras, mas, também, a trajetória dessa artista que contribuiu para história do Brasil.

A outra exposição é: Zeróis: Ziraldo na tela grande que reflete a arte contemporânea. São mais de 44 obras inéditas do caricaturista, cronista e jornalista. Ziraldo fez essas telas grandes a partir dos cartuns Zeróis, desenhado na década de 1960. Os heróis do cartunista são uma releitura de artistas como Picasso, Velázquez, Goya, Dali, Grant Wood, Hopper, Mathieu, Lichtenstein e Warhol. As cores chamativas atraem não somente adultos e jovens, mas, também, crianças que se encantam, fazendo-as lembrarem dos desenhos animados que assistem.

A exposição Anita Malfatti – 120 anos ficará exposta até o dia 26 de setembro e a Zeróis: Ziraldo na tela grande ficará até o dia 19 de setembro. O CCBB fica na Rua Primeiro de Março, número 66. Funciona de terça a domingo, das 9h às 21h.

Livro: Nunca fui primeira-dama

Fui à FLIP e o bem material que trouxe de lá foi o livro Nunca fui primeira-dama da escritora cubana Wendy Guerra.

O livro é uma mistura de ficção com a realidade, a escritora fala através de história sobre a sua vida e a de duas importantes mulheres, sua mãe Albis Torres e Célia Sánchez, essa última secretária pessoal de Fidel Castro.

Nadia Guerra, nome dado a Wendy Guerra na história, não tirava da cabeça a ideia de achar a sua mãe que a deixou quando tinha 10 anos e Nadia passou a viver só com o pai em Cuba. Ela tinha um programa de rádio que falava sobre o país de uma forma ingênua, mas sempre com uma intenção de passar uma mensagem aos poucos ouvintes que tinha durante a madrugada.

Nadia conheceu diversos amigos de sua mãe que lhe informaram sobre Albis Torres. Um desses amigos foi Paolo B., na qual Nadia teve um caso e mais tarde descobriu que ele era o seu pai. Ela foi para a Rússia e lá conseguiu achar sua mãe, que já não aparentava beleza e juventude expostas no seu quadro no Museu de Belas-Artes em Cuba. Torres já estava com uma saúde muito delicada, sofria de Alzheimer e por isso não se lembrava de sua filha pródiga.

Nadia voltou a Cuba e logo depois seu pai faleceu, ela passou então a morar com o Lujo, que teve relação com o pai e a mãe dela. Albis Torres foi morar com Nadia e Lujo em Havana depois de algum tempo, onde viveu os seus últimos dias. Numa manhã, Torres se jogou no mar e acabou morrendo.

Nadia encontra uma caixa preta que sua mãe guardou durante anos. Nela, Albis Torres havia escrito um pouco sobre a história de sua amiga Célia Sánchez.

Célia foi uma mulher corajosa que participou da Revolução Cubana e fazia parte do Exército Rebelde. Dedicou a sua vida aos interesses coletivos e ao abandono absoluto do interesse pessoal. Seu comportamento cotidiano era manter a vigilância constante, movimento constante e ação constante. Esses três princípios básicos da vida guerrilheira eram mencionados por Che Guevara. Ela e Fidel eram muito amigos, ele permitia que Célia fizesse o que não era permitido a mais ninguém. Sánchez se tornou a figura feminina da mais alta hierarquia política do país e foi assim até a sua morte.

O livro é muito interessante por falar de um momento histórico que foi a Revolução Cubana e de vidas que foram censuradas e ainda são. Nunca fui primeira-dama continua inédito em Cuba e, enquanto isso, já foi publicado em oito países.

Não se esqueçam delas

   Mulheres que amam, vivem, sentem dor, choram, sorriem... Mas, será que há sorriso? Não, não há sorriso. Mulheres que vivem submetidas às regras desumanas dos seus países ou então submetidas à autoridade do homem que elas são obrigadas a se casarem, não têm como serem felizes.

   É história antiga, casos de mulheres que sofrem barbaridades dos seus maridos ou até mesmo do Estado, este que deveria protegê-la e aquele que deveria amá-la.

Sakineh Ashtiani
Afegã Aisha, 18 anos
   É o caso da iraniana Sakineh Ashtiani, condenada a morrer apedrejada, apenas por ter cometido adultério. No Irã, isso ocorre com a conivência das autoridades, são muitas vezes praticados por grupos religiosos radicais e “clandestinamente”. As mulheres condenadas são enterradas até o pescoço e depois apedrejam sua cabeça. Além disso, há esposas que sofrem ataque dos seus maridos com ácidos, a intenção é deformar o rosto delas. Como é o caso da iraniana Ameneh Bahrami divulgado no jornal O Globo do último domingo(8). A capa da “Time” mostra uma afegã que teve o nariz e a orelha cortados por Talibãs e o motivo foi por ela ter fugido da casa do marido.

   As autoridades desses países fecham os olhos. Mas, será que nós também não estamos fechando os nossos olhos? Será que estamos tratando isso como um fato normal? Estamos nos isentando dessa responsabilidade? Isso não é um problema apenas dos países que praticam esse tipo de crime, mas, também de todos nós. Até porque, no Brasil, alguns direitos são esquecidos. Mulheres que deviam ser protegidas pelo Estado, são esquecidas por ele. É o caso, entre muitos outros, da cabeleireira que denunciou o seu ex-marido à polícia por ter sido ameaçada de morte e a única “proteção” que teve foi uma distância mínima imposta ao marido em relação a ela, mas, infelizmente, a cabeleireira acabou sendo morta por ele, em janeiro deste ano.

   É aterrorizante ver que em pleno século XXI, os direitos humanos e o respeito a mulheres são ignorados por milhares de pessoas e a existência de crimes contra a humanidade ainda é legalizado em alguns países. Esqueceram, ou melhor, sabem e não fazem a mínima questão de assegurar o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal escrita na Declaração Universal dos Direitos do Homem.

A FLIP do lado de fora


Música, teatro, palestras, danças, tudo isso estava presente na Festa Literária de Paraty.
A cidade que já tem por si uma beleza encantadora ficou ainda mais atraente com tantos eventos culturais acontecendo ao mesmo tempo.
Ontem, no penúltimo dia da FLIP, fui desfrutar esta feira que acontece pela oitava vez consecutiva. Antes de chegar ao Centro Histórico já se via artistas, como um senhor, morador da cidade, que com apenas um microfone, uma caixa de som e um violão cantava numa calçada. Tem muita coisa boa e rica em cultura sem estar ligada à FLIP. Já no Centro Histórico, como de costume, estavam os índios espalhados nos cantos das ruas vendendo artesanatos feitos por eles mesmos.
Na área destinada à realização do evento, viam-se cada pessoa aproveitando da forma que queria. Crianças espalhadas na Praça da Matriz aproveitavam para brincarem com os bonecos que representam personagens célebres da literatura infanto-juvenil e foram produzidos por alunos de escolas da cidade com papel marchê. A parte da Flipinha, que foi feita para crianças, também era desfrutada por adultos e jovens. Os trabalhos feitos por escolas públicas e particulares de Paraty estavam expostos numa quadra e no fundo dela, um palco estava montado na qual uma apresentação musical acontecia e animava pais e filhos que cantavam e dançavam.
Não é preciso ter dinheiro para aproveitar a FLIP, o conhecimento cultural estava espalhado nas ruas dessa cidade histórica. O desejo e a paixão pela cultura não se via somente nos rostos dos adultos, mas, também, nas crianças, que desde pequenas já se interessam pela literatura.
Que a FLIP desperte cada vez mais essa vontade de conhecimento compartilhado e adquirido.

Debate entre os presidenciáveis

Saúde, educação e segurança foram os principais temas discutidos no debate de ontem, realizado pela emissora Bandeirantes. Além dos candidatos que ocupam os primeiros lugares nas pesquisas de intenção de votos, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), também estava presente o candidato à presidência Plinio de Arruda Sampaio do PSOL.


O debate foi dividido em cinco blocos e mediado pelo jornalista Ricardo Boechat. O primeiro bloco foi destinado aos candidatos para responderem as perguntas elaboradas pela produção da Band e pelos próprios adversários. No segundo e no terceito, os candidatos também respondiam as perguntas feitas entre eles. Durante o quarto bloco, as perguntas foram feitas por jornalistas e o quinto bloco foi separado para as considerações finais, na qual cada um falou, durante dois minutos, sobre o seu projeto de governo.

Os candidatos ao chegarem ao local, foram indagados sobre a expectativa que tinham do debate. A candidata Marina Silva disse que esperava um encontro de conversa entre eles. Dilma Rousseff, José Serra e Plinio Arruda Sampaio também esperavam um debate de alto nível.

O candidato Plinio de Arruda Sampaio aproveitou a oportunidade para dizer sobre a omissão da mídia dos outros candidatos que disputam à presidência. Falou que até no debate havia desigualdade, referindo-se as perguntas e respostas na maioria feitas entre os candidatos José Serra e Dilma Rousseff. Para Plinio, ele e a candidata Marina Silva estavam sendo excluídos pelos adversários. Criticou o governo atual e o seu antecessor de concentração de renda.

"Há um muro separando o povo brasileiro das suas perspectivas" - disse.

Quando perguntado pela candidata Marina Silva sobre a sua proposta de política social, ele disse que fará uma distribuição radical de renda, afetando aqueles que têm mais e reduzirá a jornada de trabalho, para que assim, as pessoas que não têm emprego possam ter e para as que já têm não sejam exploradas pela jornada excessiva de trabalho. Mostrou-se contrário à transposição do Rio São Francisco e à construção de Belo Monte.

"A transposição do Rio São Francisco é uma forma de entregar a economia do Nordeste ao agronegócio" - ressaltou.
A candidata Marina Silva quando perguntada pelo jornalista Ricardo Boechat o que acatará primeiramente no seu governo, caso seja eleita, educação, saúde ou segurança, disse que as três coisas não podem ser separadas, mas focará no primeiro momento na área da saúde. Lembrou das horas em que já passou nos hospitais esperando para ser atendida e criticou o Governo Federal e os Estados de não repassarem verba para os municípios investirem na saúde. Ressaltou a necessidade de aumentar o valor do PIB (Produto Interno Bruto) investido na educação, hoje em torno de 5% do PIB brasileiro são investidos na área educacional. Para ela, a desigualdade social pode ser atenuada com a igualdade de oportunidades na educação.

Ao ser perguntada pela candidata do PT à presidência sobre as suas estratégias para combater o crack, Marina disse que é fundamental políticas públicas de combate às drogas e retratou o uso do crack como uma doença à qual a população está submetida.

Sobre as suas propostas de governo, José Serra disse que reduzirá o tempo de espera nos hospitais públicos e criará um milhão de vagas em ensinos profissionalizantes. Ao responder a pergunta feita pela candidata Marina Silva sobre a sua experiência nesses últimos 16 anos (8 anos como situação e 8 como oposição), o candidato do PSDB disse que como situação trabalhou para os brasileiros e tratou a oposição como adversária e não inimiga.



"Eu jogo pelo Brasil" - afirmou José Serra.



O candidato do PSDB ainda falou que é a favor da jornada de trabalho ser definida por cada sindicato e que apoia lutas sindicais ligadas a essas questões. Respondeu ao candidato Plinio, dizendo que não aprova a anistia aos desmatadores.

Dilma Rousseff disse que não tem como escolher entre atender primeiramente a saúde, a educação ou segurança. Para ela, os três temas são os pilares da política pública dos país. Falou que irá melhorar a qualidade do ensino educacional e que é preciso aumentar o salário dos professores. Ela prometeu criar 6000 creches e aumentar o número de universidades públicas no interior. Dilma ressaltou a necessidade de ampliar o programa Brasil Sorridente, que é o tratamento dentário pelo SUS e expandir as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), prometeu criar 500 delas no Brasil.

O tempo de cada candidato foi respeitado entre eles, não houve discussões, cada um teve o direito de criticar e elogiar o governo atual e mostrar o seu programa de governo. O alto nível que os candidatos esperavam perpetuou durante o debate. Talvez a única coisa que tenha faltado é a igualdade no tempo e no espaço que foi concedido aos quatro, porém os que mais puderam falar foram os candidatos José Serra e Dilma Rousseff.

A Educação em foco

Uma das principais propostas dos candidatos à Presidência é a melhora no sistema educacional do país. Afinal, é notória a anomalia da educação brasileira.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que avalia os avanços ou regressos de cada escola e de cada rede de ensino, referente ao ano de 2009 teve pouca melhora em relação ao ano de 2005. O Ideb é avaliado a cada dois anos e a meta é atingir nota 6 em 2022 – nota obtida pelos países desenvolvidos. Os alunos do ensino médio foram os que menos avançaram na análise do Ideb. Somente os colégio particulares conseguiram atingir notas superiores a 5, na qual a nota maior foi 6,4, referente aos alunos que estão nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Para que o Ideb cresça é necessária a frequência do aluno nas aulas, que ele aprenda e não repita. É esse um dos pontos cruciais para que a educação do país melhore. Mas, a realidade é outra. Muitos alunos não freqüentam as escolas, são matriculados, porém, sua presença na sala de aula é baixa e isso afeta o aprendizado desse aluno. Estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas mostra que a freqüência escolar cai com o aumento da idade. Na fase da adolescência e adulta a necessidade de trabalhar para ajudar na renda familiar faz com que muitos desistam dos estudos. Além disso, tem a falta de interesse do aluno em estudar e outros têm a distância da escola como empecilho.

Dados divulgados em 2008 pelo Ministério da Educação (MEC) mostram que o Governo gasta R$ 2.761 por ano com os alunos do Ensino Fundamental nos anos iniciais e R$ 2.122 com alunos do Ensino Médio. Além dos investimentos na infra-estrutura das escolas e na merenda, é necessário o incentivo dos professores, coordenadores e diretores para que os alunos tenham vontade de estudar. Não há incentivo maior do que o da própria família, mas, infelizmente, são poucos pais e mães que se interessam com os estudos dos filhos. O ideal é o apoio tanto dos educadores como dos pais. O aluno sente mais motivado quando ao seu redor existem pessoas que o estimulam a estudar.

Os problemas de evasão e baixo rendimento escolar são também de responsabilidade do governo, cabe aos governantes investirem mais na educação, criarem métodos que incentivem o professor, seja aumentando o seu salário ou concedendo mérito àquele profissional que se destacou dos demais. Não basta a preocupação com a educação do país ficar apenas nos discursos pré-eleitorais, mas também ser prioridade do programa governamental quando o candidato se elege.

As redes sociais em ano eleitoral

Desde as eleições para presidente em 2008 nos EUA, a internet se mostrou muito eficaz para os políticos que tentavam se candidatar, principalmente para o até então candidato à presidente Barack Obama, que investiu nesse meio de divulgação. E aqui, no Brasil, não seria diferente neste ano de eleição. Os principais candidatos à presidente estão investindo nessa ferramenta online, criaram blogs, perfis no twitter, facebook e Orkut. Tudo isso, para poder passar para os eleitores os seus programas de governo.

O principal foco é nas pessoas que acessam esses sites de relacionamento. E, claro, que entre elas estão os jovens, afinal são eles que representam grande parte dos internautas no país. Nessa fase da vida, muitos ainda não despertaram interesse na política, mas os que já se interessam passam a ter a sua disposição as principais questões abordadas pelos candidatos. Além deles, as pessoas que não freqüentam comícios também são beneficiadas por essa junção da política com a internet.

Ontem, era para ter sido realizado o primeiro debate online no país, porém, com a desistência do candidato José Serra do PSDB e da Dilma Rousseff do PT, apenas, a candidata à presidência do PV, Marina Silva, permaneceu disposta, mas, é claro, o mesmo não tinha como acontecer com um único candidato. O debate ia ser feito pelos portais IG, MSN, Terra e Yahoo.

Com o cancelamento do debate, Marina Silva participou de uma sabatina feita pelo portal TERRA. Ela comentou sobre a relação do Brasil com a Venezuela, caso seja eleita, disse que seria apenas uma relação entre Estados. E ainda, falou do bloqueio econômico dos EUA sobre Cuba.

Os partidos políticos têm investido nesta mídia social, pois sabem da sua importância. Além de estarem presentes nos perfis dos diversos sites de relacionamento, também deveriam estar disponíveis na hora de debates realizados por essa rede social que tanto lhes importa. É uma forma de respeito ao eleitor, que não apenas tem a sua disposição as propostas nos sites dos candidatos, mas, teria também a chance de ver os principais candidatos à presidente discorrerem juntos sobre as suas principais propostas de governo.

Rafael Mascarenhas

Nos últimos dias, além da morte de Eliza Samudio e da advogada Mércia Nakashima, a mídia também tem retratado muito a morte de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães. Tenho acompanhado o caso pelos jornais diariamente. Sem dúvida alguma, é muito triste a maneira como Rafael foi morto e continuaria sendo de uma forma horrível, mesmo que não fosse com o filho de alguém famoso, mesmo que fosse com qualquer pessoa. Digo isso, porque ao ler o jornal hoje, deparei-me com uma reportagem na qual o pai do atropelador (como a mídia tem nomeado o Rafael Bussamra, sendo que essa não é a melhor forma de nomeá-lo) deixa subentendido que só dessistiu de pagar os R$10 mil aos PMs (aqueles que iam ocultar todo o fato e até mesmo a pessoa que dirigia o veículo que atropelou Rafael Mascarenhas) quando soube que o menino que havia sido atropelado era filho de Cissa Guimarães. Mas, como assim? Então, se fosse qualquer outra pessoa, um cidadão sem ser filho de gente famosa ou de autoridade, o pai do Rafael Bussamra iria pagar o dinheiro aos PMs e tudo ficaria por isso mesmo, até porque, Rafael Bussmra também não teria ido na delegacia se apresentar como a pessoa que atropelou o Rafael Mascarenhas.

É, infelizmente, essa a nossa realidade, muitas vezes é preciso ter poder e conhecimento para saber da realidade. Essa história tem duas coisas erradas, primeiro, não se deve pagar à um policial para poder ocultar um fato (mas, sabemos que isso acontece muito em nosso país), segundo, decidir ir contar para a polícia só porque o rapaz era filho de uma atriz. Não pense que estou fazendo apologia para que as pessoa deixem de prestar depoimentos quando são culpadas, muito pelo contrário, acho que a atitude de se responsabilizar por um ato que você fez é mais do que correto. Mas, acho errado as pessoas decidirem fazer isso só pelo fato de estar relacionado com alguém que tem poder. Todas as pessoas têm direito à verdade, seja ela rico ou pobre, famoso ou não.

Flip


A cidade histórica e turística Paraty será palco de mais uma edição da Feira Literária Internacional de Paraty (FLIP) que começará no dia 4 de agosto e irá até o dia 8 do mesmo mês. A Feira já acontece na cidade desde 2003 e este ano o homenageado será o escritor Gilberto Freyre, que foi o autor que analisou primeiramente as características positivas do país.
A FLIP é um dos diversos eventos culturais relizados na cidade, são diversas atividades que ocorrem durante todo o dia. Na tenda principal haverá vários debates sobre assuntos como a obra de Gilberto Freyre e sobre o processo de digitalização de livros com a presença do historiador e diretor da biblioteca da Universidade de Havard, Robert Darton. A conferência de abertura terá a participção do sociólogo Fernando Henrique Cardoso e começará às 19h.
Na tenda Flipinha, feita para crianças, terá apresentações de musical e teatro, muitos deles são produzidos por professores e alunos de escolas da cidade. A FlipZona, tenda para jovens e adolescentes, terá desde histórias em quadrinhos até a combinação de literatura e música.
Eu já participei da Flipinha quando era menor e ainda estudava numa escola estadual da cidade, todo ano vou na FLIP e recomendo irem, porque além de ser numa cidade encantadora o evento é rico em cultura e história.

Nem tudo que parece é ...




Ao ler uma matéria que falava sobre os segredos das indústrias alimentícias, fiquei pensando, o que deveria fazer? Mudar meus hábitos alimentares ou permanecer me alimentando da mesma forma?

A matéria falava de vários produtos que são colocados nos alimentos, sem que nós consumidores possamos saber disso. Nossas comidas e bebidas estão composta de certo ingredientes que pensamos ser algo que não é, um exemplo são os sucos de caixinhas nas quais muitos falam que vêm direto da fruta, sendo que na verdade não passam de uma mistura de um monte de sacarose com a cor da fruta. Os refrigerantes diet são outros que muitas vezes nos enganam (salvo eu que não bebo refrigerante), a quantidade de adoçantes que eles têm faz com que aumente o nosso desejo de comer outras coisas, ou seja, os refrigerantes podem mesmo ter zero de calorias, mas do que adianta, sendo que o nosso desejo de ingerir outros alimentos aumenta ao bebermos refrigerante.

O que mais me deixou preocupada foi o malefício causado pelo hormônio transgênico usado para crescimento bovino. Esse hormônio aumenta a concentração do Fator de Crescimento da Insulina – 1 (IGF1) nos leites de caixinha, certa quantidade desse hormônio pode ter efeitos benéficos para a saúde, mas em excesso pode causar câncer, como o de mama, de próstata e o colorretal. Logo o leite de caixinha, que é o mais gostoso. Cogitei até a idéia de não beber mais o leite de caixinha e começar a beber o de saquinho, mas minutos depois, mudei de idéia. Não adianta ficar com a neurose de deixar de comer isso ou aquilo, porque se não vou acabar é comendo nada, porque o que não falta, hoje em dia, são estudos falando que tal alimento pode causar câncer.

E, claro, não podia deixar de falar dos Milk Shakes, apesar de serem deliciosos, muitos possuem mais de 50 ingredientes, o que aumenta o número de calorias e de gorduras saturadas.
E agora deixaremos de beber nosso Milk Shake, o leite, o refrigerante e mais um monte de coisa? Acho que não tem como...