Uma das principais propostas dos candidatos à Presidência é a melhora no sistema educacional do país. Afinal, é notória a anomalia da educação brasileira.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que avalia os avanços ou regressos de cada escola e de cada rede de ensino, referente ao ano de 2009 teve pouca melhora em relação ao ano de 2005. O Ideb é avaliado a cada dois anos e a meta é atingir nota 6 em 2022 – nota obtida pelos países desenvolvidos. Os alunos do ensino médio foram os que menos avançaram na análise do Ideb. Somente os colégio particulares conseguiram atingir notas superiores a 5, na qual a nota maior foi 6,4, referente aos alunos que estão nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Para que o Ideb cresça é necessária a frequência do aluno nas aulas, que ele aprenda e não repita. É esse um dos pontos cruciais para que a educação do país melhore. Mas, a realidade é outra. Muitos alunos não freqüentam as escolas, são matriculados, porém, sua presença na sala de aula é baixa e isso afeta o aprendizado desse aluno. Estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas mostra que a freqüência escolar cai com o aumento da idade. Na fase da adolescência e adulta a necessidade de trabalhar para ajudar na renda familiar faz com que muitos desistam dos estudos. Além disso, tem a falta de interesse do aluno em estudar e outros têm a distância da escola como empecilho.
Dados divulgados em 2008 pelo Ministério da Educação (MEC) mostram que o Governo gasta R$ 2.761 por ano com os alunos do Ensino Fundamental nos anos iniciais e R$ 2.122 com alunos do Ensino Médio. Além dos investimentos na infra-estrutura das escolas e na merenda, é necessário o incentivo dos professores, coordenadores e diretores para que os alunos tenham vontade de estudar. Não há incentivo maior do que o da própria família, mas, infelizmente, são poucos pais e mães que se interessam com os estudos dos filhos. O ideal é o apoio tanto dos educadores como dos pais. O aluno sente mais motivado quando ao seu redor existem pessoas que o estimulam a estudar.
Os problemas de evasão e baixo rendimento escolar são também de responsabilidade do governo, cabe aos governantes investirem mais na educação, criarem métodos que incentivem o professor, seja aumentando o seu salário ou concedendo mérito àquele profissional que se destacou dos demais. Não basta a preocupação com a educação do país ficar apenas nos discursos pré-eleitorais, mas também ser prioridade do programa governamental quando o candidato se elege.
1 comentários:
No Rio de Janeiro, acredito que se gaste mais com propaganda do que com educação e saúde. A grande maioria da população apóia o governo Cabral por suas "grandes conquistas". UPA, UPP, Olímpiadas e Copa escondem os verdadeiros problemas de nossa sociedade com um misto de ufanismo e assistencialismo. Os dados estão aí: um criminoso recuo do IDEB estadual e o superfaturamento na saúde, em ano eleitoral! Bom texto, Sandra.
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