Mulheres que amam, vivem, sentem dor, choram, sorriem... Mas, será que há sorriso? Não, não há sorriso. Mulheres que vivem submetidas às regras desumanas dos seus países ou então submetidas à autoridade do homem que elas são obrigadas a se casarem, não têm como serem felizes.
É história antiga, casos de mulheres que sofrem barbaridades dos seus maridos ou até mesmo do Estado, este que deveria protegê-la e aquele que deveria amá-la.
Sakineh Ashtiani |
Afegã Aisha, 18 anos |
É o caso da iraniana Sakineh Ashtiani, condenada a morrer apedrejada, apenas por ter cometido adultério. No Irã, isso ocorre com a conivência das autoridades, são muitas vezes praticados por grupos religiosos radicais e “clandestinamente”. As mulheres condenadas são enterradas até o pescoço e depois apedrejam sua cabeça. Além disso, há esposas que sofrem ataque dos seus maridos com ácidos, a intenção é deformar o rosto delas. Como é o caso da iraniana Ameneh Bahrami divulgado no jornal O Globo do último domingo(8). A capa da “Time” mostra uma afegã que teve o nariz e a orelha cortados por Talibãs e o motivo foi por ela ter fugido da casa do marido.
As autoridades desses países fecham os olhos. Mas, será que nós também não estamos fechando os nossos olhos? Será que estamos tratando isso como um fato normal? Estamos nos isentando dessa responsabilidade? Isso não é um problema apenas dos países que praticam esse tipo de crime, mas, também de todos nós. Até porque, no Brasil, alguns direitos são esquecidos. Mulheres que deviam ser protegidas pelo Estado, são esquecidas por ele. É o caso, entre muitos outros, da cabeleireira que denunciou o seu ex-marido à polícia por ter sido ameaçada de morte e a única “proteção” que teve foi uma distância mínima imposta ao marido em relação a ela, mas, infelizmente, a cabeleireira acabou sendo morta por ele, em janeiro deste ano.
É aterrorizante ver que em pleno século XXI, os direitos humanos e o respeito a mulheres são ignorados por milhares de pessoas e a existência de crimes contra a humanidade ainda é legalizado em alguns países. Esqueceram, ou melhor, sabem e não fazem a mínima questão de assegurar o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal escrita na Declaração Universal dos Direitos do Homem.
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